Guia da Copa do Mundo Feminina 2019

Guia da Copa do Mundo feminina 2019: As 32 Seleções


Guia da Copa do Mundo Feminina 2019 


Confira abaixo o Guia, com as 32 Seleções da Copa do Mundo de Futebol feminino 2019.



Grupo A


França


Treinadora: Corine Diacre
Craque: Amandine Henry
Curiosidade: Diacre já treinou um time masculino, e fez boa campanha na Ligue 2, há alguns anos.
Ranking da FIFA: 4º colocada


A França é o país-sede da Copa do Mundo de Futebol feminino 2019, e provavelmente, a favorita ao título. Há qualidade em todos os setores, uma treinadora muito competente como Corine Diacre, um conjunto interessante, e mescla entre jovens e experientes atletas. Uma possível instabilidade no elenco foi supostamente afastada, com a não convocação da jovem atacante Katoto, do PSG, artilheira na última D1, mas que não agradaria o grupo, segundo a imprensa local.

Les Blues gostam de jogar com a bola no chão, saindo limpo de trás, apostando muito na qualidade da zagueira Renard, e no modelo do Lyon, dono de 13 títulos locais, e dominante também na Champions League feminina. O clube da cidade sede da final dessa Copa do Mundo sede uma espécie de espinha dorsal dessa seleção francesa, com a goleira Bouhaddi, a prória zagueira Renard, a lateral/extrema Majri, a meia Amadine Henry, e a atacante Le Sommer. Poucas jogadoras possuem a capacidade de criação de Henry, e poucas atacantes são tão boas quanto Le Sommer, na atualidade.

A França decepcionou um pouco nas últimas Copas do Mundo, Euros, e Jogos Olímpicos, e a força do futebol local precisa de um título oficial da seleção para ser confirmada. Essa Copa parece ser a ocasião perfeita. A seleção de Diacre não precisou jogar as eliminatórias para estar na Copa, o que lhe tira um pouco de ritmo competitivo, mas a chave acessível pode minimizar este efeito no começo. Como as coisas ocorrerão no mata-mata, é que será fundamental para o futuro.


Noruega



Técnico: Martin Sjorgen
Craque: Maren Mjelde
Curiosidade: A Noruega, por conta da pressão de Ada, vai tentar igualar o tratamento entre as seleções masculina e feminina.
Ranking da FIFA: 12º



Vencedora da primeira edição da Bola de Ouro feminina, a atacante do Lyon Ada Hegerberg não estará no Mundial, pois vai o boicotar. Campeã do Mundo em 1995, e vice em 1991, a seleção norueguesa, mesmo sem seu Ás, ainda possui nível competitivo, mas não é uma favorita ao título como outrora. Deve ser a segunda força do grupo, e o avanço às oitavas-de-final, é provável.


Coréia do Sul



Técnico: Yoon Deokyeo
Craque: Ji Soyun
Curiosidade: Foi a quinta colocada na zona da Ásia
Ranking da FIFA: 14º


A Coréia do Sul conta com Ji Soyun, destaque no Chelsea, e um time competitivo, mas que não é candidato ao título, ou mesmo para o avanço até as quartas-de-final. A luta será por um lugar nas oitavas-de-final, seja como segunda colocada do grupo, seja como uma das melhores terceiras colocadas. A estréia contra a França pode complicar as coisas.



Nigéria


Técnico: Thomas Dennerby
Craque: Asisat Oshoala
Curiosidade: a Nigéria sempre esteve na Copa feminina.
Ranking da FIFA: 34º



Forte na base e no continente africano, a Nigéria sempre esteve presente nas Copas do Mundo feminina, mas sem conseguir algo grande de fato. Há jogadoras na Europa, como Oshoala, do Barcelona, mas o nível coletivo ainda carece de maior poder. A luta será por um lugar nas oitavas-de-final, seja como segunda colocada do grupo, seja como uma das melhores terceiras colocadas.



Grupo B


Guia da Copa do Mundo feminina 2019

Alemanha


Técnica: Martina Voss-Tecklenburg
Craque: Dzsenifer Marozsan
Curiosidade: a Alemanha jogou todas as Copas femininas da história.
Ranking da FIFA: 2º


Segunda colocada no Ranking da FIFA, e atual campeã olímpica, a seleção alemã é sempre uma favorita ao título da Copa do Mundo feminina. A principal jogadora do time é a meia Marozsan, do Olympique Lyon, e a artilheira é a atacante Alexandra Popp. Outro nome a ser ressaltado é Lena Goessling.


China


Técnica: Jia Xiuquan
Craque: Li Ying
Curiosidade: a chinesa Sun Wen foi uma das maiores jogadoras da história.
Ranking da FIFA: 16º



Potência na virada do século, a China perdeu nível após a aposentadoria de Su Wen, mas tenta voltar aos bons tempos. A meia Li Ying e a atacante Wang Shuang são os expoente técnicos, de um time com baixa média de idade. A luta será por um lugar nas oitavas-de-final, seja como segunda colocada do grupo, seja como uma das melhores terceiras colocadas.


África do Sul


Técnica: Desiree Ellis
Craque: Janine Van Wyk
Curiosidade: Wyk já foi capitã da seleção sul-africana em mais de 150 jogos.
Ranking da FIFA: 49


Desde que Vera Prow trabalhou com a seleção sul-africana, a mesma evoluiu muito. Após jogar os Jogos Olímpicos de Londres e do Rio  o time agora estreia em Mundiais, sob às ordens de Desiree Ellis. Não deverá avançar de fase, mas seguir mostrando evolução, será bom.


Espanha


Técnico: Jorge Vilda
Craque: Irene Paredes
Curiosidade: a Espanha foi campeã do Mundo em 2010 no masculino, e tentará agora ganhar no feminino.
Ranking da FIFA: 13º


La Roja chega mais experiente à este Mundial, com a Liga que mais cresce no planeta, e não passar de fase seria uma decepção tremenda. Irene Paredes (PSG) e Virginia Torrecilla (Montpellier) jogam na França, e as jogadoras do Barcelona foram vice campeãs da Champions, o que garante experiência internacional que não havia no Canadá. Alexia Putellas, Paredes e Losada formam a base técnica da equipe, campeã Mundial no Sub-17 e vice no Sub-20, e de campanha tranquila nas Eliminatórias.



Grupo C




Itália


Técnico: Milena Bertolini
Craque: Barbara Bonansea
Curiosidade: a Itália volta a Copa do Mundo após 20 anos.
Ranking da FIFA: 15º


Após 20 anos, a Itália volta a jogar uma Copa do mundo feminina, basicamente com atletas locais. Juventus (7), Milan (5), Fiorentina (6) e AS Roma (3) cederam a maior parte das atletas, com destaque para as boas Barbara Bonasea e Cristina Girelli, destaques do time bianconero, principal potência do país também entre as mulheres.



Brasil


Técnico: Vadão
Craque: Marta
Curiosidade: o Brasil marcou 31 gols na Copa América.
Ranking da FIFA: 10º


O Brasil não vem bem desde o final dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, quando ficou fora do pódio de maneira decepcionante. O técnico Vadão foi demitido, mas retornou após a demissão de sua sucessora Emily Lima, mas seu trabalho não convence. A equipe joga um futebol pragmático, mas com poucas ideias, e mesmo tendo atletas com o Marta, Formiga e Cristiane, não consegue ver suas qualidades potencializadas.


Austrália


Técnico: Ante Milicic
Craque: Sam Kerr
Curiosidade: A seleção feminina da Austrália possui o apelido de "Matildas".
Ranking da FIFA: 6º


A Austrália de Samantha Kerr, chega forte nesta Copa do Mundo Feminina. As Matildas também contam com Ellie Carpenter, uma das maiores promessas do futebol mundial, já sendo muito destacada nos Estados Unidos, onde Kerr é estrela consolidada. O time segue sendo forte fisicamente, mas hoje possui mais argumentos técnicos.


Jamaica


Técnico:  Hue Menzies
Craque: Jody Brown
Curiosidade:  A Jamaica só jogou uma Copa do Mundo masculina, em 1998, na França. No feminino, também estreará em Copas do Mundo na França, 20 anos depois.
Ranking da FIFA: 53º


Jamaica só jogou uma Copa do Mundo masculina, em 1998, na França. No feminino, também estreará em Copas do Mundo na França, 20 anos depois. As Reggae Girlz possuem na teoria o mais fraco dos times desta Copa, mas tentará evoluir com o decorrer da preparação e do torneio.



Grupo D



Inglaterra



Técnico: Phil Neville
Craque: Fran Kirby
Curiosidade: A Inglaterra não pode jogar os Jogos Olímpicos pois só há comitê olímpico britânico.
Ranking da FIFA: 5º


O sucesso recente da Inglaterra no futebol masculino, tem tudo para ser repetido no feminino. Terceira colocada na última Copa do Mundo, a seleção inglesa também foi semifinalista na Euro, possui uma liga que cresce muito nos últimos anos, e atletas de muita qualidade, chegando à França não como favorita, mas como candidata ao título. A lateral-direita Lucy Bronze, é um destaques do Lyon, mas a dinâmica Fran Kirby, a artilheira da última liga inglesa Nikita Parris, e outras atletas, possuem enorme talento, dando ao técnico Phil Neville, jogador de sucesso quando atleta, condições para formatar uma equipe coletivamente também forte.




Japão



Técnico: Asaku Takakura
Craque: Saki Kumagai
Curiosidade: Para chegar ao Mundial, o Japão foi campeão na zona da Ásia.
Ranking da FIFA: 7º


Campeão do Mundo em 2011 e vice em 2015, o Japão, agora sem Homeware Sawa, sonha com mais uma final, algo que será difícil. A técnica Asaku Takakura, substitui o lendário Norio Sasaki no comando da equipe, após ter conquistado o Mundial Sub-17 em 2014, e possui um começo de trabalho. Ela levou o selecionado nipônico ao seu segundo título continental ao vencer a Copa da Ásia feminina em 2018, com vitórias sobre a China na semifinal, e sobre a Austrália na final.

A expectativa, é de que o Japão passe de fase, e consiga chegar ao menos nas quartas-de-final, mas uma nova final, é improvável.


Escócia


Técnica: Shelley Kerr
Craque: Kim Little
Curiosidade: A Escócia não pode jogar os Jogos Olímpicos pois só há comitê olímpico britânico.
Ranking da FIFA: 20º


A Escócia estreará em Copas do Mundo femininas, após superar a boa seleção da Suíça nas Eliminatórias, com uma campanha excelente, de uma equipe taticamente bem organizada. Uma das melhores jogadoras dos últimos anos, Kim Little enfim estreará em grandes competições com a Escócia, após ter jogado os Jogos Olímpicos de Londres com a seleção do Reino Unido, mas ficado de fora da Euro 2017, por conta de uma lesão. Ela foi fundamental na campanha das Eliminatórias, ajudando muito o time da técnica Shelley Kerr, a primeira mulher a dirigir uma seleção de futebol britânica.



Argentina



Técnico: Martin Sjorgen
Craque: Estefania Banini
Curiosidade: A Argentina, após 12 anos volta às Copas do Mundo femininas.
Ranking da FIFA: 14º



A Argentina, após 12 anos volta às Copas do Mundo femininas. O time de Banini e Sole James tentará surpreender, no grupo mais forte desse Mundial. A vaga na competição veio após um terceiro lugar na Copa América, e classificação sobre o Panamá na repescagem, com goleada de 4 a 0 em Buenos Aires, e empate em 1 a  1 no Caribe.


O time do técnico Carlos Borrello, responsável por comandar a equipe no título da Copa América de 2006 e no Mundial um ano depois, deve apostar na busca por uma defesa sólida, e nos chutes de Banini de fora da área. Craque da Libertadores 2012, quando foi campeã com o Colo-Colo, Banini já atuou com destaque em Ligas como a estadunidense e a espanhola, e é uma das mais talentosas futebolistas da atualidade. A tarefa de passar por um grupo com seleções como Japão, Inglaterra e Escócia, no entanto, é complicada.




Grupo E



Canadá

Técnico: John Herdman
Craque: Cristiane Sinclair
Curiosidade: Foi a segunda colocada na zona da CONCACAF.
Ranking da FIFA: 6º


O Canadá foi medalhista de Bronze nos Jogos Rio-2016, e conta com uma boa mescla de jogadoras experientes, como Cristiane Sinclair, e jovens, como Buchagan.



Holanda



Técnico: Sarina Weigman
Craque: Lieke Martens
Curiosidade: A Holanda foi a campeã da última Euro.
Ranking da FIFA: 10º


A Holanda foi a campeã da última Euro de maneira surpreendente, sediando a competição, e agora busca surpreender também na Copa do Mundo. Há várias peças de talento, como as extremas van de Sanden e Lieke Martens, eleita a melhor futebolista de 2017 pela FIFA, a meia de Bonk, e as atacante Viviane Midema.



Nova Zelândia



Técnico: Tom Serrmani
Craque: Ali Riley
Curiosidade: Foi a campeã da Oceania.
Ranking da FIFA: 23º


A Nova Zelândia tentará surpreender nesta Copa do Mundo, avançando ao menos como uma das melhores terceiras colocadas. A estrutura defensiva da equipe é boa, e há muita força física, mas faltam argumentos no ataque. Ali Riley, que atualmente joga na Inglaterra, mas já atuou aos Estados Unidos e na Suécia, é a jogadora mais conhecida do elenco.




Camarões



Técnico: Alan Djeumfa
Craque: Gabriele Onguene
Curiosidade: Se classificou na zona da África.
Ranking da FIFA: 46º



Camarões tentará repetir a Copa do Mundo do que fez há quatro anos, quando avançou de fase, tendo mais uma vez se classificado na zona africana, após ficar no pódio superando Mali. O desempenho em 2015 superou as expectativas, e um novo mata-mata agora é improvável, mesmo que não impossível.




Grupo F



Estados Unidos


Técnica: Jill Ellis
Craque: Alex Morgan
Curiosidade: Os Estados Unidos terminaram no pódio em todos os Mundiais.
Ranking da FIFA: 1º




Os Estados Unidos querem manter o título conquistado em 2015. O time americano nunca ficou de fora do pódio em Mundiais, e já conquistou a competição três vezes. Contudo, também não havia ficado de fora dos pódios em Jogos Olímpicos até cair nas quartas-de-final da Rio-2016, diante da Suécia, o que desencadeou em uma pequena crise no ambiente de vestiário, com contestações quanto ao trabalho da treinadora Jill Ellis.

Contudo, a vaga no Mundial veio com tranquilidade no torneio da CONCACAF, e mesmo em amistosos, o resultado não foi ruim. Jill Ellis possui o elenco mais estrelado da Copa, ao lado do da França, e conta com opções de sobra para formatar uma equipe de qualidade. O modelo de jogo deve seguir com a plataforma tática 4-4-2, apostando em jogo direto para a ruptura das atacantes, e disputa pela segunda bola. Alex Morgan, Carli Lloyd e Nellis Hyoran, são hoje as grandes estrelas, de uma constelação que deverá seguir brilhando.




Suécia



Técnico: Peter Gerhardsson
Craque: Stina Blackstenius
Curiosidade: A Suécia foi medalhista de prata na Rio-2016, eliminando os Estados Unidos nas quartas-de-final, e o Brasil na semifinal.
Ranking da FIFA: 14º


Outrora potência, a Suécia não terá Lotta Shelin em campo e Pia Sundhage como treinadora, perdendo muito da base que lhe levou à Prata no Rio. Assim, caberá a ainda jovem Stina Blackstenius ser o As em campo. O técnico Peter Gerhardsson tenta manter o padrão de jogo de sucesso, com uma defesa forte e boa transição ofensiva. A expectativa é avançar de fase, mas imaginar uma colocação no pódio é difícil.



Chile



Técnico: José Letelier
Craque: Chistiane Endler
Curiosidade: Foi a vice-campeã da Copa América.
Ranking da FIFA: 44º



O Chile sediou a Copa América 2018, e ficou com o vice-campeonato, graças a uma goleada por 4 a 0 sobre a Argentina na última rodada do quadrangular final, ficando com a vaga na Copa do Mundo, e na repescagem para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A seleção conta com a excelente goleira Endler, uma das melhores do planeta,e  outras atletas de bom nível, mas estreará em Copas, o que lhe garante uma falta de experiência internacional, mesmo com o bom desempenho de clubes locais, em especial o Colo-Colo, nos últimos anos.




Tailândia



Técnico: Nuengruethai Sathongwhen
Craque: Kanjana Sungngoen
Curiosidade: A Tailândia esteve na Copa do Mundo em 2015, quando estreou em Mundiais, e venceu a Costa do Marfim por 3 a 2.
Ranking da FIFA: 34º



A Tailândia, mesmo com o aumento de dificuldade da Zona asiática, conseguiu novamente se classificar para a Copa do Mundo de Futebol feminino, o que mostra uma consolidação do país como força mediana na modalidade. A equipe só perdeu a semifinal para a Austrália nos pênaltis, e finalizou a Copa da Ásia em quarto lugar. A defesa é bem aplicada e organizada, com algumas opções boas para a transição ofensiva, mas faltam argumentos técnicos na hora de executar os gestos no terço final de campo. Repetir a campanha da Copa do Mundo de 2015, quando venceu um jogo, contra Costa do Marfim, já poderia ser considerado uma ótima campanha, ainda mais em uma chave com as atuais campeãs mundial, e vice-campeã olímpica.




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